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Cargos e carreiras no
Mercado Financeiro

Antes do Mercado Financeiro

Corporate Banking

Corporate banking é uma área do banco dedicada em atender as necessidades financeiras do dia a dia das empresas, com um foco especial na gestão de caixa. Bancos globais como o JPMorgan, por exemplo, chegam a movimentar USD 10 trilhões por dia em operações dos seus clientes globalmente.


Para ter escala, ecossistemas e tecnologia são fundamentais. Os bancos corporativos criam ecossistemas financeiros, conectando diferentes partes da cadeia produtiva, como agricultores, fornecedores de fertilizantes e distribuidores. Tecnologia se provou fundamental para trazer escalabilidade, segurança, e praticidade nas operações diárias e soluções financeiras oferecidas para os clientes.  


Os bancos mais competitivos têm grandes times dedicados à tecnologia, inclusive inteligência artificial, para automatizar e sistematizar tais soluções para os clientes da área de Corporate Banking. Adicionalmente, a tokenização está emergindo como uma inovação significativa, adicionando inteligência e rastreabilidade ao dinheiro e soluções.

Principais Linhas de Produtos oferecidas por Corporate Banking:

Pagamentos

Serviços que facilitam o pagamento de obrigações financeiras das empresas.

Recebimentos

Soluções para o recebimento de pagamentos de clientes e outras partes.

Conta Corrente

Contas bancárias empresariais para gestão das finanças diárias.

Investimentos

Produtos de investimento para maximizar o retorno sobre o capital da empresa.

Empréstimos não-estruturados (plain vanilla)

Empréstimos tradicionais com termos padronizados.

Trade Finance & Services

Soluções para financiar e facilitar o comércio internacional.

Non-structured Derivatives (hedge, etc)

Derivativos não estruturados para gestão de riscos financeiros.

Gestão de Ativos (ativos fora do BP do banco)

Serviços de gestão de ativos que não estão no balanço patrimonial do banco.

Câmbio (FX)

Serviços de câmbio para empresas que operam em mercados internacionais.

Corporate Banking envolve diversas áreas funcionais, inclusive:

Produtos

Desenvolvimento de produtos financeiros, definição de condições, conformidade com a legislação e viabilização operacional através da tecnologia.

Vendas

Manutenção do relacionamento com os clientes, oferecendo produtos existentes e criando novas demandas.

Crédito

Análise do perfil de risco dos clientes, combinando dados financeiros com aspectos comportamentais.

Preço

Determinado por um comitê, baseado no relacionamento estratégico com o cliente, risco, rentabilidade (ROI) com uma indicação de retorno em torno de 15%, e normalmente precificado como CDI + Spread.

Outras áreas funcionais

Inclui jurídico, compliance (aderência regulatória) e gestão.

Há, portanto, carreiras comerciais e analíticas em Corporate Banking. Uma carreira de sucesso em Corporate Banking dependerá da sua relação de confiança com clientes, com os parceiros internos, e até mesmo com competidores.

O Sales

Representa o banco e como tal, ele ou ela precisa seguir o posicionamento institucional do banco.

Em outras palavras, Sales não pode ter opinião sobre recomendações de investimento. Será sempre “o economista acha que o Dólar vai subir”, “o analista recomendou vender tal ação”.

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Sales & Trading

Essencialmente, Sales & Trading vivem de corretagem. Seu papel é atender os clientes institucionais do banco nos seus objetivos de investimento, propondo e executando transações em troca de corretagem. A cada compra ou cada venda, o banco ou corretora recebe uma comissão.

À primeira vista, parece fácil: diz para o cliente comprar, ganha comissão; diz para o cliente vender e ganha comissão. Mas não é tão simples: os clientes seguirão aquele grupo de Bankers que mais agrega valor para sua carteira, tanto no atendimento: Sales, quanto na execução: Traders. Para colocar de outra forma, se o cliente não ganhar dinheiro, ele não compra com você. Se o cliente ganhar dinheiro, ele não se importa em pagar corretagem para você.

Seu papel é entender o cliente, suas demandas, sua carteira e conectar com o que o banco propõe institucionalmente propondo trades que faça sentido para aquele cliente especificamente.

Os Traders

Executam ordens de compra e venda.

Algumas vezes as ordens são bem específicas, mas outras vezes o mandato é mais amplo e pode até envolver corretoras parceiras para despistar o mercado.

Sales & Trading trabalham muito próximos da área de Research do banco. Veja Intermediários & Facilitadores.

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Treasury, Risco & Crédito

Tesouraria, ou Treasury, faz a gestão de caixa do banco. Diariamente, avaliam quanto dinheiro entrará naquele dia, quanto dinheiro precisarão naquele dia e o saldo, positivo ou negativo, precisa ser trabalhado. Saldo positivo aplicado, e saldo negativo capitado no mercado de DI.

Em função das atividades do banco (ou empresa) e sua forma de financiar suas operações, o banco (ou empresa) usualmente acaba o dia com sobra de caixa (investidor) ou com necessidade de caixa (tomador). Os bancos “zeram suas posições” no mercado de DI – depósitos interbancários - onde o banco investidor empresta para o banco tomador por um dia, por uma taxa muito próxima da SELIC.

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Wealth Management & Investments

Entenda Asset Management como a gestão de recursos. Asset Management é um trabalho fiduciário: pegam o dinheiro do cliente e devolvem tudo e um pouco mais. Bancos como o JP Morgan administram alguns bilhões de dólares (e no ano seguinte, um pouco mais!).

Wealth Management é um pouco mais amplo pois inclui o patrimônio dos clientes (ricos), que vai além do dinheiro disponível para investimentos, ou sua liquidez.

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A indústria brasileira de fundos é da ordem de BRL7 bi. Os segmentos mais importantes são liquidez, renda fixa e renda variável, mas outros segmentos incluem multimercado, alternativos, situações especiais, e Private Equity.  

A área de Gestão de Fundos é considerada uma área de produtos a qual é remunerada por taxa de administração e uma taxa de performance. O valor agregado oferecido aos clientes consiste em analisar e selecionar ativos, combiná-los em um fundo de investimentos e depois vender quotas deste fundo de investimento - o produto. O Gestor de Fundos atende clientes institucionais que fazem gestão de patrimônio para o cliente final. Em um banco, seu principal cliente será o Private Banking.

Gestão de patrimônio é um trabalho de consultoria que fica em Private Banking. O Banker atende o investidor como cliente final, nas suas decisões de investimento, planejamento tributário e planejamento sucessório. Podemos dizer que a área de Gestão de Patrimônio é cliente da área de Gestão de Fundos.

O Assessor de Investimentos é um distribuidor de produtos e serviços financeiros a serviço das corretoras que os remuneram em função das vendas. Entendeu quem é o verdadeiro cliente dos Assessores de Investimentos? O modelo de assessor de investimentos se desenvolveu e ganhou dimensão com a XP Investimentos nos anos 2010, replicando o modelo de muito sucesso nos Estados Unidos usualmente tipificado pela Charles Schwab.

Perguntei para o Head de Wealth Management de um grande banco, que descreveu o funcionário júnior ideal como curioso, que traga ideias, que se mantenha atualizado e tenha capacidade de fazer curadoria do enorme fluxo de informações que a área tem acesso. O trabalho na área não terá muita rotina, então precisa ser uma pessoa disciplinada e organizada. É uma área que demanda muito estudo e muito preparo, pois representam as convicções do banco que precisam ser passadas para os clientes de forma homogênea. No lado comercial, a palavra-chave é comunicação.

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Financial Planning

Segundo a SuperRico, “o papel do Planejador Financeiro é cuidar das finanças pessoais e familiar, contribuindo para a construção e manutenção do patrimônio pessoal ao longo do ciclo de vida financeira de cada um.”

Estamos ainda aprendendo em como investir nosso dinheiro enquanto o planejador financeiro está quilômetros à frente: como você gasta, quanto você ganha hoje e no futuro, quais são seus objetivos, como se proteger de riscos, como minimizar impostos e planejar sucessão. Seu foco, portanto, vai além da rentabilidade das aplicações financeiras e está muito focado na gestão do fluxo de caixa.

A essência do planejador financeiro é viabilizar projetos de vida e proporcionar aos seus clientes a tão sonhada independência financeira na longevidade.  

Para tanto, o planejador financeiro precisa entender tantos de questões financeiras, quanto patrimoniais, e ponderar aspectos técnicos, comportamentais e condições de mercado tudo com um viés de longo prazo.

Nos Estados Unidos, esse mercado (representado pela Ameriprise) já é tão grande quanto dos Assessores de investimentos (representado pela Charles Schwab). Temos uma expectativa que o mercado de planejadores financeiros crescerá aceleradamente nos próximos anos no Brasil.

Diferente dos Assessores de Investimentos, a formação dos Planejadores Financeiros é mais estruturada e exigente, regulamentada pela Planejar responsável pela certificação CFP – Certified Financial Planner.

Hoje, no Brasil, o certificado CFP requer um MBA específico e experiência no atendimento ao cliente. É uma meta mais distante para quem ainda está na faculdade, é verdade, mas são barreiras facilmente transponíveis para quem está comprometido e focado. Você provavelmente começará em Wealth Management ou Assessoria de Investimentos, e depois, com experiência e especialização, poderá migrar para essa carreira bastante promissora.

A sua entrada nessa carreira será facilitada por empresas como a SuperRico que combinam investimento em formação, tecnologia e supervisão para você atender seus clientes com método e qualidade. Estes elementos são fundamentais para a indústria ganhar escala como aconteceu nos Estados Unidos

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Investment Banking

Corporate Banking atende as demandas cotidianas das empresas

Investment Banking atende as demandas transacionais das empresas.

Investment Banking é transacional, ou seja, estamos sempre envolvidos em alguma transação para os nossos clientes: em assessoria de Fusões & Aquisições, ou como underwritter em emissões no mercado de capitais. É uma área essencialmente de serviço de assessoria financeira, dependente de pessoas talentosas.

Falamos Fusões & Aquisições, mas na verdade pode ser qualquer transação que envolva a compra, venda, fusão, criação de joint venture, separação, e assim por diante, de um negócio ou uma empresa. Em inglês é Mergers & Acquisitions, ou M&A, que eu sempre brinco que é Miséria & Agonia pela dificuldade de se fechar transações de M&A.

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As emissões no mercado de capitais são majoritariamente de ações, em ofertas iniciais na bolsa de valores, os famosos IPOs, ou ofertas subsequentes, os Follow-ons. Em alguns poucos bancos, incluem-se dentro de Investment Banking, as ofertas de dívida no mercado de capitais, como bonds, debentures, CRIs, CRAs, commercial papers etc.

O Investment Banker trabalhará na originação e execução dessas transações. A originação de um mandato de Investment Banking acontece quando um cliente contrata o banco ou butique para desenvolver uma oportunidade ou ideia apresentada ou discutida com o Banker. A partir da contratação formal do Banker, este trabalhará na sua execução, que envolverá uma parte analítica, uma parte negocial e uma parte contratual.

Ao longo da sua carreira, ficará cada vez mais importante o relacionamento com clientes (originação) e a parte contratual (execução). O Banker tem uma grande responsabilidade analítica e comercial.

No começo da carreira, o Banker estará predominantemente envolvido na parte analítica (a maior parte em MS Excel) e na produção de apresentações (a maior parte em MS Powerpoint).

Os grandes bancos se organizam por setores de cobertura (Power Utilites, Healthcare, etc) e os produtos: M&A, ECM, DCM. As butiques de M&A poderão se dividir em setores ou células de cobertura a depender do seu tamanho e número de officers, ou Bankers responsáveis por relacionamento com clientes e obrigação de gerar receita.

Leia o que José Securato tem a dizer sobre Consultoria para Carreira em Investment Banking

Roadmap para o empreendedor: it is all about the problem!

Startups & Private Equity

Temos que dividir o mundo de Startups, Venture Capital e Private Equity em dois: dos empreendedores e dos investidores.

Os empreendedores são aqueles que fundam novos negócios. Se você tem perfil empreendedor, você é um otimista nato, acreditará que as coisas darão certo a despeito do que os outros falam, e está acostumado a resolver problemas com os recursos que você tem em mãos. Com dinheiro seria mais fácil, mas... vamos o que temos!

O papel do empreendedor é encontrar um problema relevante da sociedade que precisa de uma solução melhor. Se o problema não for relevante, ou se a sociedade estiver satisfeita com a solução atual, suas chances de sucesso serão menores! Mas a ideia é só o começo! Depois você terá que viabilizar a sua ideia.

Qual problema você quer resolver?

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Qual é o tamanho e a importância desse problema?

Como você resolverá esse problema?

Como você ganhará dinheiro resolvendo esse problema?

Como as pessoas que investirem com você ganharão dinheiro?

Roadmap para o investidor: it is about the problem and the founders!

Faz sentido investir na solução deste problema?

Faz sentido investir nestes indivíduos que fundaram a empresa?

Risco versus retorno
Como monetizar o investimento?

Investidores tem a função de colocar o dinheiro para trabalhar e rentabilizar.

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Em Private Equity, o investidor busca uma empresa com necessidade de caixa, com bom potencial de valorização econômico e o menor risco possível.

Talvez você tenha um perfil empreendedor. Talvez você tenha interesse em fomentar e potencializar empreendedores. Do lado dos empreendedores:

Talvez você seja o sócio “da porta para dentro”: técnico, focado na solução, criador da cultura da empresa, ou no outro extremo.

Independente de qual lado você estiver, o mais importante é que empreendedores e investidores falem a mesma língua, tenham expectativas alinhadas e consigam se comunicar com eficácia.

Investidores

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O sócio “da porta para fora”: comercial, focado em relacionamentos com clientes, fornecedores e investidores.

Do lado dos investidores, talvez você seja um investidor anjo investindo dinheiro próprio, ou talvez, você irá investir dinheiro dos outros através de um fundo. No caso do fundo, você precisará, entre outras coisas, definir uma tese de investimento do fundo e sua fórmula de remuneração, auxiliará na identificação de empresas alvo para investimento, negociar valuation e estrutura da transação, participar da sua gestão, e, depois de uns 7-10 anos, vender tal ativo.

Agriculture & Climate

Administração da cadeia produtiva de alimentos e administração de fatores de clima e sustentabilidade terão muita demanda por talentos nas próximas décadas.

Os próximos 50 anos serão muito diferentes dos últimos 50 anos. As famílias empresárias terão que se profissionalizar. O mundo está cada vez mais globalizado e Agriculture & Climate mais integrado no mercado financeiro, exigindo uma expertise mais sofisticada para se manterem competitivos.

Os fatores de clima ganham importância na sociedade e será um fator decisivo para muitos negócios e parcerias empresariais. Particularmente o mercado de crédito de carbono está se consolidando, e dada a vocação do Brasil em sustentabilidade, espera-se que o Brasil seja um grande protagonista neste mercado.

Já temos o know-how deste tema no Brasil, mas este conhecimento está literalmente no campo e não está ainda estruturado na academia como uma formação. Produtos e serviços do mercado financeiro, em particular de Investment Banking, precisam ser adaptados para a realidade de Agriculture & Climate – replicar no campo o que fazemos na Faria Lima é simplesmente não bom o suficiente. Mas quando esse obstáculo for superado, um setor inteiro será remodelado.

Ficaremos de olho e espero trazer um conteúdo mais tangível nas próximas edições.

Seu papel principal é contribuir com recursos financeiros, mas há contribuições secundárias importantes, como validação, governança, disciplina, e até mesmo conhecimento técnico e relacionamentos na indústria da empresa investida.

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