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Cargos e carreiras no
Mercado Financeiro

Antes do Mercado Financeiro

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Até a quebra da bolsa do Rio de Janeiro em 1989, o centro financeiro brasileiro era no Rio de Janeiro. Antes disso foi Salvador, até a capital brasileira ser transferida para o Rio de Janeiro. Hoje, o centro financeiro é em São Paulo, mas o Rio de Janeiro continua superimportante em função de alguns agentes: hedge funds, fundos
de pensão, e estatais – por isso o “eixo RJ-SP”.

Mas o Brasil é muito maior do que o eixo RJ-SP e tem muito espaço para atuarmos no Mercado Financeiro em outros estados. O modelo de assessores independentes introduzido pela XP potencializou essa realidade e hoje existem importantes escritórios de assessores de investimentos, corretoras e assets. Algumas indústrias, com destaques para setor imobiliário e agro, são bastantes regionais e abrem espaço para atuação especializada, inclusive em Structuring e Investment Banking.

O nosso mercado ainda está se desenvolvendo. Nos Estados Unidos, em comparação, o peso regional é muito maior. Existem empresas enormes, algumas você nunca ouviu falar, que demandam serviços financeiros e não são apropriadamente atendidas pelos bancos. Vejo isso acontecer no Brasil também, mas em menor escala.

As melhores oportunidades fora do eixo RJ-SPestão nos escritórios de assessores de investimentos, planejadores financeiros, corretoras e Assets, além dos setores financeiros das empresas.

O Mercado Financeiro é concentrado no eixo RJ-SP, com maispeso em São Paulo.

O maior desafio para os estudantes de fora de São Paulo é o estágio.

Há poucas oportunidades de estágio remoto, e fazer um estágio presencial será um desafio intransponível para quem faz faculdade e vive há mais de 2 horas da capital

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Nos últimos anos, alguns bancos têm oferecido Estágios de Verão. Eles começaram voltados para brasileiros que faziam faculdade fora do Brasil, para testarem o mercado Brasileiro e beneficiando-se do fato das férias deles de julho (verão) serem mais longas, por isso o nome “Estágio de Verão” ou Summer Internship. Acredito que o BTG foi um dos primeiros a implementar essa prática de forma estruturada (alguém me corrige se eu estiver errado, por favor) e mais recentemente outros bancos adotaram o modelo. Mas hoje elas são direcionadas para experimentação e tem muita gente de São Paulo nessas vagas.

Registro aqui a sugestão de direcionarem ao menos uma parte dessas vagas para o pessoal que não mora na Grande São Paulo e Grande Rio de Janeiro pois essa, talvez, seja a única oportunidade para eles experimentarem o mercado financeiro nessas localidades.

Imagino que o custo de moradia seria um desafio, mas aí eu sugiro a vocês leitores se ajudarem! Compartilhem suas casas com o pessoal de fora!! Que tal promovermos a hashtag #roomate1mes?

Registro aqui que Estágio de Verão não faz sentido para todas as carreiras. Investment Banking é particularmente frustrante pois a atividade cai nas férias de julho e janeiro, e um mês é muito pouco tempo para ter visibilidade em transações que levam 9-12 meses para acontecer. Por isso criei o Investment Banking Boot Camp (me procure para saber mais). Nos Estados Unidos, o pessoal não tem opção: ou é estágio de verão ou não tem estágio, então a experiência é muito mais voltada para conhecer a pessoa e cultura, do que desenvolver suas habilidades. Aqui no Brasil, é diferente pois dificilmente um recém-formado é contratado sem passar por algum estágio e desenvolver suas habilidades.

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O jeito mais fácil de trabalhar nos Estados Unidos (ou Londres, por que não?) é depois da faculdade ou depois do MBA.

Muita gente me pergunta como eu fui trabalhar nos Estados Unidos

Fui do jeito mais difícil: transferência entre escritórios do mesmo banco, o Deutsche Bank, com visto L1 – que é intransferível para outro empregador – sujeito a uma burocracia gigantesca. Para começar, dificilmente um banco contratará alguém com essa proposta, você terá que construir essa oportunidade. O processo é moroso e caro, então não é algo que o empregador normalmente voluntaria facilmente, e há uma cobrança para o investimento valer a pena. Em outras palavras, você pode ser excepcional e ainda assim não ter muitas chances por causa da burocracia, custo, políticas, etc. Eu dei sorte, como todo mundo que acorda cedo e trabalha duro...

Os formados nos EUA têm um visto de trabalho provisório (normalmente 1 ano) e transferível para qualquer empregador que facilita o processo de colocação.

Se você der certo, o empregador terá que patrocinar o visto B1 para você, mas isso já é mais comum e faz parte do processo.

Mas não é qualquer faculdade e qualquer curso que oferece esse visto, então fique atento! E algumas faculdades não são valorizadas pelos empregadores, então
você pode até ter o visto, mas não ter emprego. Mire nas chamadas IvyLeague Schools ou outras boas referências da sua área de atuação.

Ivy League Schools
Brown University, Columbia University, Cornell University, Dartmouth College, Harvard University, University of Pennsylvania, Princeton University, e Yale University

E por falar em Londres, a Europa é o máximo

Londres particularmente é incrivelmente cosmopolita, um lugar verdadeiramente de muitas culturas. As outras capitais europeias te oferecerão uma experiência e vivência incrível, mas não são portas de entrada usuais para o Mercado Financeiro brasileiro. Estou vendo muita gente fazer faculdade na Europa continental e depois ter muito trabalho para se colocar no Mercado Financeiro brasileiro, especialmente pela formação superficial em finanças e falta de estágio. Se este for o seu caso, estude muito e procure ter uma experiência no Mercado Financeiro na Europa antes de voltar para oBrasil – vai te ajudar bastante. Se não conseguir... me procure!

Estar próximo dos grandes centros financeiros te ajudará bastante aentrar no Mercado Financeiro, mas há outros caminhos. São caminhosmais difíceis, é verdade, mas possíveis.

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